Benefícios da soja: separando fatos de falácias

Pesquise a palavra “soja” na Internet, e você encontrará muita controvérsia. Entretanto, escondidos por trás das manchetes, um número crescente de estudos científicos aponta que a soja é, de fato, segura. Não somente é segura para consumo, mas em muitos casos, é boa para sua saúde.

Novos benefícios da soja

Um novo estudo publicado na edição de 2017 da American Cancer Society descobriu que a soja pode salvar vidas quando se trata de mulheres sobreviventes de câncer de mama. Os cientistas seguiram um grupo multiétnico de mais de 6.000 mulheres com câncer de mama por mais de nove anos. Eles descobriram que o grupo que consumiu mais isoflavonas de soja (≥1,5 mg por dia) apresentou 21% menos óbitos por todas as causas em comparação com aqueles que consumiram menos (<0,3 mg por dia).

Má reputação da soja

Então, por que a soja ainda consegue ter uma reputação tão ruim? Grande parte da pesquisa sobre a soja e as melhores práticas para desfrutar de tofu, tempeh, edamame, leite de soja e mais estão em um artigo recente Ornish Living, Enjoy Soy: Plant Protein Complete with All Nine Essential Amino Acids (aproveite a soja: proteína vegetal completa com todos os nove aminoácidos essenciais). Nele, separa-se o fato da falácia com algumas perguntas e respostas sobre doenças específicas e a soja.

P: A soja tem um efeito negativo sobre a função tireoidiana?

R: Foram estudos em ratos de laboratório que causaram um boom da mídia sobre a relação da soja com a tireóide. Mais estudos mostraram, no entanto, que a soja não tem impacto negativo no hipotireoidismo subclínico dos pacientes e tem um impacto positivo nos parâmetros cardiovasculares. Roedores e humanos têm muito em comum em termos de DNA, mas também temos grandes diferenças. Os roedores, como se vê, metabolizam as isoflavonas de soja de uma maneira diferente dos humanos. Ao olhar mais de perto os seres humanos que consomem alimentos de soja (em oposição a estudos in vitro ou com ratos), há pouca evidência de quaisquer efeitos negativos em comer soja no funcionamento da tireóide (especialmente naqueles com suprimento adequado de iodo) e a segurança geral da soja foi reforçada.

P: Qual é a relação entre a soja e o câncer de mama? Existe motivo de preocupação com os fitoestrógenos da soja e seus efeitos “estrogênicos”?

R: A relação entre soja e câncer de mama, bem como outros cânceres relacionados com estrogênio, foi questionada porque a soja contém “fitoestrógenos” (estrogênios vegetais). As isoflavonas (fitoestrógenos da soja) possuem uma estrutura química que parece o hormônio humano estrogênio. Uma vez que níveis elevados de estrógeno podem promover o desenvolvimento e o crescimento do câncer de mama, muitos especialistas se preocuparam em que comer muitos alimentos de soja pode aumentar o risco ou o crescimento metastático do câncer de mama. No entanto, tenha a certeza de que os fitoestrógenos não são os mesmos que o estrógenos humano. Pensa-se que os efeitos positivos e protetores dos fitoestrógenos na saúde podem ser causados ​​por essa qualidade “igual, mas diferente”: eles podem mimetizar as ações do estrogênio, se ligando aos receptores estrogênicos, mas atuando como antagonista do estrogênio.

O gene BRCA

Além disso, para as mulheres com risco genético de câncer de mama, a pesquisa mostra como os fitoestrógenos da soja podem prevenir tumores ao “ligar” os genes BRCA das mulheres (genes supressores tumorais). Os genes BRCA são os responsáveis ​​pelo reparo do DNA e agem contra o desenvolvimento de certos tipos de câncer de mama. Quando os genes BRCA estão “desligados” ou “desativados”, o risco de câncer aumenta, havendo um maior potencial de crescimento tumoral.

Um estudo de 2012 publicado no Omnic: Journal of Integrative Biology, mostra que a adicionar soja (equivalente a 1 xícara de grãos de soja) “virou” o interruptor e retornou a “ligar” a proteção do BRCA que havia sido desativada pelo câncer, suprimindo o crescimento de células tumorais. Até à presente data, nenhum estudo de mulheres com história de câncer de mama (pré e pós-menopausa) e com consumo de soja moderado (duas a três porções ou menos) encontrou efeitos negativos. O estudo de 2017 mencionado anteriormente associou maior expectativa de vida para as sobreviventes de câncer de mama que consumiram alimentos de soja.

Em 2009, o estudo Life After Cancer Epidemiology (LACE) seguiu 1.954 mulheres dos EUA para rastrear a recorrência de câncer de mama e encontrou uma tendência para reduzir o risco de recorrência de câncer de mama com cada quintil de isoflavonas de soja versus nenhum consumo de alimentos de soja. Mais animador, talvez, seja que o estudo encontrou uma redução de 60% na recorrência ao comparar aquelas que consumiram a maior parte da isoflavona diadzeína versus as que menos consumiram. O American Center for Cancer Research (Centro Americano para pesquisa em Câncer) afirma que comer quantidades moderadas de alimentos de soja não aumenta o risco de recorrência ou morte de uma sobrevivente de câncer de mama.

P: A soja afeta o risco de câncer de próstata?

R: Um estudo de 2003 da UCSF (Universidade da California, São Francisco) encontrou um risco reduzido de câncer de próstata com o aumento do uso de alimentos de soja e isoflavonas. Outros estudos têm demonstrado que a ingestão moderada de soja pode diminuir o PSA (antígeno próstatico específico) o qual pode indicar o crescimento do câncer de próstata.

O que é consumo moderado de soja?

É uma a duas porções por dia de alimentos de soja, como tofu, leite de soja ou iogurte, edamame entre outros. (Uma porção fornece cerca de 7 gramas de proteína e 25 mg de isoflavonas.) Estudos demonstraram que até 3 porções/dia – até 100 mg/dia de isoflavonas – consumidas em populações asiáticas, a longo prazo não se relaciona com o aumento do risco de câncer de mama.

Conclusão: A soja não somente ganhou uma devida reivindicação de saudável da US Food and Drug Administration por seus potenciais benefícios cardiovasculares, mas também está funcionando para proteger muitas outras glândulas sensíveis. Agora pode ser o momento de parar de se preocupar com a soja e começar a considerar todas as maneiras deliciosas de adicioná-la ao seu cardápio.

Fonte: The Risks and Benefits of Soy: Separating Fact from Fallacy

Dra. Karla Santone<BR>CRM: 117.154

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